Para não dizer que não falei dos florais

     Jean Paulhan disse: “A vida é em geral alegre. O que nos torna injustos em relação a ela é que a alegria não é recordada. Ao contrário, a inquietude, essa, permanece.”
     Correria, agitação, ansiedade, síndrome da urgência, intolerância, finalizando: depressão. Tão comum nos depararmos com algum conhecido comentando que está passando por algo do gênero ou que conhece alguém assim.
     Vivemos na correria do dia a dia: excesso de trabalho, no meu caso, tenho dois e já tive três... Pois é, vida de professor... Esquecemo-nos de parar e ver para onde estamos indo. Estamos, muitas vezes, seguindo a fila e nem paramos para perguntar para onde ela está nos levando. Corremos, corremos. Mas para onde, José? Pergunto-me.
     A autocobrança vem nos abraçando, estamos numa competitividade com o tempo, com os compromissos. E nessa fase de seguir a fila, com excesso de preocupações e autocobranças, resolvi fazer uso de florais. Os famosos florais de Bach. Já fiz uso da alopatia que são os medicamentos convencionais e parei. Resolvi me render às flores.
     Verificando sobre os florais, fui recorrer rapidamente ao pai Google que me disse que  Edward Bach, médico inglês, nascido em Moseley, na Inglaterra, em 24 de setembro de 1886, portanto há 130 anos. Se focalizarmos nos conceitos e na filosofia que estão por detrás de suas descobertas, concluímos que ele foi uma pessoa muito a frente de seu tempo. Gostei do cara! Mas senti que há uma certa crendice em sua teoria. Mas que seja! Talvez crença e fé é que anda nos faltando. Fé na vida, nas pessoas, ou seja: esperança! Mas esperar por quem? A fila está andando...
     Analisando a biografia de Bach , aprendemos que além de extremamente intuitivo, Bach era estudioso, dedicado ao trabalho e à cura; médico alopata, sanitarista, homeopata ou simplesmente “herbalista”, como gostava de ser chamado depois da descoberta das essências florais.
     Os florais de Bach servem para por em ordem nossas emoções e evitar que essas desencadeiem doenças tanto emocional como física. Uma frase de Bach: "Os medicamentos devem atuar sobre as causas e não sobre os efeitos, corrigindo o desequilíbrio emocional no campo energético".
     Com toda a correria que aprendemos a ter, difícil é pararmos para nos dar conta que é hora de relaxar. Acostumamos com os espinhos, as preocupações, os medos, as competições, a síndrome da urgência que podemos classificar como excesso de proatividade. São tantas urgências que devemos sanar que adoecemos. Agarramo-nos aos espinhos diários e nos esquecemos das rosas.
     Há mais de um mês comecei a usar os tais florais de Bach e fico na expectativa de sua ação, e quem sabe assim, alguém diga: eu vejo flores em você! E que essas flores se espalhem e tenhamos um jardim mais colorido pela esperança.

     Nossa! Escrevendo aqui, perdi a hora! Cadê meu floral?

Facebook Twitter RSS