Utopia

Quero morar no campo,
numa casa afastada,
visitada por pássaros livres.
Quero o verde das árvores ao meu redor,
um riacho doce banhando minha alma,
o silêncio calando meus anseios.

Quero a luz em meu peito,
quero esquecer a multidão, de gente dizendo não.
Seres robóticos,
conectados à rede.

Quero uma rede para deitar,
andar descalço,
sem me preocupar.
Quero ver o sol se pôr,
sem me opor a nada.
Nadar em águas límpidas.
Correr entre as pastagens.

Quero das flores o cheiro,
ignorar o dinheiro e pessoas compradas.
Quero ver a paisagem pela janela,
esquecer a vida amarela,
passada.
Quero ouvir a passarada.

Deitar na sombra de uma árvore amiga,
esquecer da briga,
do conflito,
do barulho...

Quero esquecer a vida ansiosa,
de gente gananciosa.
Quero escrever versos, prosas e músicas.
Quero ser gente na essência,
voltar à inocência que os fatos roubaram.

Quero viver paz,
alegria.
Pode ser utopia,
mas hei de alcançar!



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