Sem nome, sem nexo...

Atormenta-me a saudade daquilo que não conheço ainda
Prendo-me ao passado daquilo que não ocorreu
Choro a morte de quem nasceu
Lembro-me de pessoas que jamais conheci

Distintos sentimentos me visitam
Passeio perdido em meus devaneios
Ouço vozes mudas a gritarem por mim
Vivo o início do fim

Vivo a loucura que é mais sensata
Inato, sem noção, sem nação
País de víboras monetárias
Ladrões de terno, me interno

Exilado em meu próprio espaço
Um país sem laço, um lapso
Prefiro a loucura, o palhaço
Pinto-me
 Disfarço-me

Hoje tem marmelada?...


Pedra Sutil

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