Máscara

E veste o sol a capa escura
e veste a boca de voz muda.
Se vê gotas de orvalho na cinza
e se vê o espelho desfocado.

Do toque das mãos ásperas
se faz corte lento e profundo.
Um vício camuflado sorri abundante
e a mórbida essência afaga a mente.

É a era do gelo quente,
do sal adocicado,
de rosto embalsamado
que reflete uma paz dúbia.

Entremos na grande festa,
traga a fantasia
e mude a máscara.


Pedra Sutil





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