Se não fosse a letargia...

De forma fúlgida, a fúria faria
Se não fosse a letargia...

De sono frequente
Fracassa o frouxo
de ideais mornos
de fraco frenesi
Seguro de si
Convicto na onda de falácias
Desfaz ameaças do eu
e parte para a lógica da maré
A amordaça lhe transmite calma
Crenças embutidas lhe tapa
Tampouco a alma clama
Acalmara-se
Abrandara-se
E o sono lhe beija os olhos
Sono profundo
Passos largos sem sair do lugar

E morre na maré
Na margem
marginal de si mesmo
Apegado à superfície
Convicto
Convicto sempre
de promessas alheias
Talvez, um dia, seria...

De forma fúlgida, a fúria faria
Se não fosse a letargia...



pedra Sutil



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