Tendo a chuva como mãe
desceu à cova aquele verme
O revés do bem, 
com a escuridão entre os dentes.

De súbito nasceu
e a morbidez lhe proporcionava ânsia e paz
e voltara de onde lhe é propício:
ao pó.

Sempre só em suas batalhas sangrentas,
Escarnecia dos humildes,
Fez-se rei sem ter coroa,
Fez-se sapato e duras botas,
esmagou fetos e crianças.
Da morte fez bonança.

E o brilho do sol sufoco-o
E o empurrou ao solo,
em sua cova rasa.
Encontrou amigos vermes
e ramificou-se
onde brotou ervas daninhas.

Seu castigo fora ter vida,
dessa terra que pisou
Gritou as dores de mães gentis
e que agora festejam sua ida ao abismo...