Os direitos humanos nas mãos de quem não enxerga direito
No dia sete de março deste ano
com onze votos e um voto em branco, a
Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados elegeu o
polêmico pastor Marco Feliciano (PSC-SP) para o cargo de presidente.
Direitos humanos: direito de ir e
vir, ou seja, que defende a liberdade do ser humano de expressar-se como é,
independente do credo, raça, orientação sexual, assuntos referentes às minorias
étnicas e sociais, etc..
Pois bem: depois de uma sessão
tumultuada, o deputado Marco Feliciano foi eleito o novo presidente da Comissão
de Direitos Humanos da Câmara. Marco Feliciano, em redes sociais em 2011 já
demonstrou ser racista, mesmo que tenha alisante no cabelo para tapar os
vestígios da raça que condena como amaldiçoada por Noé, além de expor que AIDS
é o câncer dos homossexuais, como fora citado: “a AIDS é um câncer gay e os
Africanos são amaldiçoados”.
Somos seres dotados de ideologias
e opiniões, numa boa sociedade, cada um teria de respeitar a opinião do outro,
só assim viveríamos em harmonia. O fato de o tal pastor não aceitar a própria
origem, visto que é mulato, e não aceitar a união de pessoas do mesmo sexo é
direito dele, porém, como político, e no cargo em que fora eleito é discrepante,
sem lógica. Ser político é administrar conflitos para um bem comum, respeitando
a legislação do país, no caso a Constituição de 1988, além de, no caso do mencionado
político que preside os direitos humanos, além de administrar conflitos, teria de
ser ativista por causas das minorias, que como visto, não defende ou apóia.
Como presidente de tal cargo, Feliciano deverá
engolir a opinião própria e tentar defender causas que nem mesmo acredita. Estranho,
não é? Já imaginou um professor de física tendo que saber lecionar minuciosamente
orações subordinadas? Um suicida que terá de expor como a vida é bela? Um traficante
à frente de uma marcha contra as drogas? Ou melhor: um pastor preconceituoso e
racista como presidente da Comissão de Direitos Humanos?
Feliciano não foi feliz com tais
comentários em redes sociais. Se almejasse um cargo de presidente dos Direitos
Humanos deveria ter lido a cartilha básica do mesmo! O povo já não aceita mais
certas situações, daí as manifestações como ocorreu em Franca-SP. Melhor seria
fazer o jogo do banquinho do Raul Gil e sair de mansinho...
Pedra Sutil
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