Gabriela

Hoje fitei os olhos de Gabriela,
sobressaltou em mim uma euforia,
algo crescia em meu corpo.
A volúpia adoçava minhas retinas.
Ela nem pestanejou, apenas sorriu,
o paraíso se abriu, senti-me nu.
A serpente me convenceu,
abracei a pele alva e quente,
seus lábios dormentes pesavam nos meus...

Gabriela beijava-me de olhos abertos.
Queria beber minha alma.
E conseguiu!
Onde já se viu?
Na próxima rua, Gabriela partia
e com outro a via...

Fiquei sem alma,
fiquei sem ela.
Serpente astuta essa Gabriela...


Pedra Sutil

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