A história do elefante
Tentar entender a alma humana é uma
tarefa bastante árdua. É mais fácil compreendermos o instinto dos animais,
digamos, irracionais.
Há um texto, cujo autor é desconhecido, que fala sobre o
elefante que desde filhote foi acorrentado a uma pequena estaca presa ao chão.
O elefante cresceu, porém, a estaca era a mesma: pequena e frágil. Entretanto,
o elefante, acostumado a estar preso, nem mais pensava na possibilidade de
tentar soltar-se, pois, desde pequenino, acreditava que seu destino era aquele:
ficar preso à estaca e soltar-se apenas quando alguém viesse desamarrá-lo,
mesmo que com a mínima força que fizesse a estaca facilmente se soltaria do
chão. Mas como foi dito, ele foi condicionado desde pequeno que não
conseguiria sair dali. E por isso nunca mais tentou soltar-se sozinho.
O elefante não tem o dom de raciocinar.
Nossa!! Há tantos elefantes por aí... Mas têm forma humana.
Será que existe reencarnação mesmo? Será que foram elefantes em vidas passadas?
Pode ser...
Qual estaca está nos prendendo ao chão e que nos
impossibilita de dar passos? Qual estaca culpamos? A maior estaca, talvez,
sejamos nós mesmos que vivemos a reclamar e praticar muito pouco o que
almejamos, e o pior, colocamos sempre a culpa em alguém ou em determinada
situação. Isso é um verdadeiro amor à estaca que nos prende... Colocar-se como
autor da própria história e dar passos ao invés de reclamar pode ser um
caminho. Uma frase de Confúcio explica bem isso: “O homem superior atribui a culpa a si próprio; o homem comum aos
outros.”



