Clique!

Brilham-se gotas perfumadas
de aroma do silvestre capim
sinto o brado da renovação em mim.

Outrora parnasiana era essa escrita
hoje, ligada à rede, quase máquina assim...

Brinco com as palavras, fujo da costumisse.
Juro bordões falsos de felicidade,
colo e copio frases, sou pedra sutil,
atualizo meu perfil, adiciono amigos-máquinas,
antes o toque, hoje o clique...

Curto, sou curtido
igual salsicha de boteco,
mais um clique...
Um sagrado brinquedo-companhia das almas aflitas,
afago a tela embaçada do micro e sinto-me querido,
carente, caótico...

Clique... cliques...
Maldita companhia de energia elétrica!!
Acabou a energia... não!!
Sem clique...
Solidão!!


Pedra Sutil

Facebook Twitter RSS