Infeliz de mim que tento,
com palavras, entender a vida...
Viva! Viva a ignorância!
A ignorância dos poetas!
Que tenta traduzir a vida
em palavras...

Essa vida que sempre se altera
Essas palavras que a língua brinca.
Hoje é isso, amanhã é aquilo...
Palavras ditas e palavras escritas:
tão opostas quanto a vida...

Vida amarga para uns,
fácil demais para outros.
Loucura a minha em continuar
a entender a vida com palavras.


Meras palavras levadas pelo vento,
assim vai minha vida:
sem rumo, levada, esquecida...
Alterada pelo sopro dos fatos
como palavras transformadas pelo povo.


Chega de palavras!