Queria estar no país da educação
Postado por
Sílvio Titato
sábado, 15 de junho de 2013 at 08:03
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Com esse conceito de que o Brasil é o país do carnaval e
futebol, às vezes, me pergunto: será que sou estrangeiro? Longe de mim ser
contra a prática do futebol, mas me questiono sobre esses jogos televisivos,
esse futebol comercial.
Analisando alguns patrocinadores do futebol, por exemplo,
imaginem essa verba destinada à cultura
ou educação? Poderíamos, quem sabe, levar o título de país da educação e
cultura e sairmos do 39º lugar num ranking de 40 países no quesito educação.
Talvez me afirmassem: mas educação e cultura não vendem, observe o que a
maioria da população assiste, lê (quando o faz), ouve... Pois é, não venderia
mesmo...
Em meio a todo pensamento que me povoa a mente sempre e
citado anteriormente sobre o futebol, observo o valor que o jogador Neymar fora
vendido ao Barcelona: 57 milhões de euros, ou melhor, por volta de 161 milhões
de reais. Meu Deus! E saber que receberá por volta de 18 milhões de reais na
Europa, aqui recebia por volta de 03 milhões. Acho que é por isso que não curto
o futebol televisivo, é discrepante: nós brasileiros, com grande parte da
população ainda paupérrima, vivenciamos tais casos. Não é prática esportiva, é
puro capitalismo.
Gosto do esporte futebol, apesar de desde os meus dezesseis
anos não mais praticá-lo, porém, não concordo com a técnica desse jogo, pois
nem sempre quem teve o melhor desempenho ganha. O vencedor será quem mais colocar
a bola no gol, apenas. Nesse aspecto, acho o voleibol mais justo, pois um mau
desempenho acarretará ponto ao time adversário. Mas o que me toma neste
desabafo é o que chamamos de esporte do Brasil, e na verdade, não passa de uma
síndrome do capitalismo. Tenho a impressão de que tudo é pelo capital, ou seja,
o que atrai maior público, e consequentemente, mais patrocinadores, portanto:
mais dinheiro.
Veja abaixo um exemplo de patrocínio, segundo o site
Esporte Interativo Yahoo:
“Para chegar ao valor total de patrocínio, o Corinthians
tem em seu uniforme quatro marcas estampadas: a Caixa Econômica Federal, que
ocupa o espaço do patrocínio máster pagando R$ 30 milhões; a Nike, fornecedora
do material esportivo que também tem um contrato de R$ 30 milhões; a Fisk, que
estampa sua marca nos ombros por R$ 12 milhões; e a Tim, que por R$ 2
milhões insere sua marca no número da camisa.
O Flamengo também tem quatro marcas estampadas no uniforme: a Adidas, a nova fornecedora do material esportivo pagará o valor de R$ 35,6 milhões; A Caixa, que também patrocina o Corinthians, pagará R$ 25 milhões pelo espaço principal, ocupando o peito, o ombro direito e a parte frontal do calção; A Tim, que assim como no Timão, ocupa o número da camisa pelo valor de R$ 2,5 milhões; e a Peugeot, que tem sua marca estampada acima do número dos jogadores, paga R$ 10 milhões.”
O Flamengo também tem quatro marcas estampadas no uniforme: a Adidas, a nova fornecedora do material esportivo pagará o valor de R$ 35,6 milhões; A Caixa, que também patrocina o Corinthians, pagará R$ 25 milhões pelo espaço principal, ocupando o peito, o ombro direito e a parte frontal do calção; A Tim, que assim como no Timão, ocupa o número da camisa pelo valor de R$ 2,5 milhões; e a Peugeot, que tem sua marca estampada acima do número dos jogadores, paga R$ 10 milhões.”
Sempre friso nos meus textos aqui sobre o olhar que pomos
no futebol e carnaval, por exemplo, enquanto o desviamos de assuntos
relevantes. Talvez o que citei acima deva esclarecer o que sempre fui contra: a
todo o dinheiro gasto no futebol e o que mais me espanta é que apesar de
sabermos dos valores envolvidos nesses jogos, ainda grudamos os olhos na TV
para assisti-los. E tem cidadão que ocasiona brigas e mortes por um time que
nem mesmo sabe que ele existe. E pensar que esse mesmo cidadão deva ter de
salário, talvez em toda a sua vida, o que um jogador famoso ganhe em alguns
dias...
Ah, não!! Falando em jogo de futebol, tenho vontade de sair
chutando tudo! Mas não posso. A única coisa que posso fazer é pegar meu
controle remoto e me dar ao luxo de não ver jogos comerciais. Melhor ainda: nem
ligar a TV, quase tudo que tem passado ali é meio “trash”.
Aldous Huxley diz que: “ A ditadura perfeita terá a aparência de democracia, uma prisão sem muros, na qual os prisioneiros não sonharão sequer com a fuga. Um sistema de escravatura onde graças ao consumo e ao divertimento, os escravos terão amor à sua escravatura”.
Aldous Huxley diz que: “ A ditadura perfeita terá a aparência de democracia, uma prisão sem muros, na qual os prisioneiros não sonharão sequer com a fuga. Um sistema de escravatura onde graças ao consumo e ao divertimento, os escravos terão amor à sua escravatura”.
Silvio Titato
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